2 x 2 são 4, 4 x 4 são 16.
Queres falar sobre isso?
- Epá, não me chateies.
Está bem.
Quão difícil será explicar a alguém, a magnitude daquilo que sentimos?!
Há o medo da exposição, a vergonha de dizer aquilo que se sente, de eventualmente nos sentirmos fracos, frágeis, desprotegidos, perdidos...
Pior ainda, há sem dúvida o pensamento comum, que atira com a força de uma pedrada a estranha máxima de que ninguém tem nada a ver com os problemas que temos, e que apenas a nós nos dizem respeito, que não temos nada que estar a incomodar os outros com as nossas insignificantes maleitas.
Assim sendo o que pensamos em primeiro lugar?
Isto acaba por passar, não é nada de muito importante.
ERRADO, nada está mais longe da verdade.
Normalmente somos os melhores conselheiros dos outros e os piores amigos de nós mesmos, na medida em que estamos sempre disponíveis para ouvir os outros e nunca temos tempo para nos ouvirmos a nós mesmos, empurramos os problemas para o fundo da memória.
Lamentavelmente, quando a memória enche e o espaço para resolver o que até há pouco tinha solução, se preenche por completo, então está o caldo entornado.
PorquÊ?
Porque somos estúpidos o suficiente para não aproveitar a ajuda, de quem nos quer ajudar.
Não é nem nunca será boa política, não sermos amigos de nós próprios.
Como dizia um dos anúncios mais felizes que vi, "Se eu não gostar de mim, quem gostará?"
Nada mais acertado.
Se não gostares de ti, se não te preocupares com aquilo que te faz falta, e com o que não te faz falta, os que te rodeiam irão fazê-lo, mas a certa altura cansar-se-ão desse papel, porque tu não fazes nada por ti, logo passar de um caso complicado, para um caso arrumado.
Assim se pode destruír uma vida, a nossa vida.
O pior de tudo, é que não tens muitas hióteses para voltar a tentar.
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