9 de junho de 2010

O regresso

Alturas há em que não sabemos bem o porquê de tanta coisa, mas no entanto, não deixamos de os rocurar incessantemente, quem? Os porquês...
Porquê? Não sei.
Porque é mesmo assim, porque a vida é exactamente o caminho de procura de respostas para os tantos porquês e não seis com os quais nos vamos deparando no decorrer do percurso que delineamos ao longo da existência fugaz, a que chamamos vida.
Ora no decorrer das respostas, chegamos sempre a mais perguntas.
E hoje pergunto-me porque é o ser humano capaz do melhor e do pior?
Porque carga de água o ser humano português, é cada vez mais levado a olhar apenas para si, apenas par ao que é seu, apenas para o que tem, ou para o que não tem.
A sociedade é transformada por sucessivas más escolhas, por constantes mentiras descaradas, de gente que é escolhida para nos oprimir, para nos remeter para uma irreal, mas palpável condição subjugada de humanidade, a que nos vamos afeiçoando, a que nos vamos acostumando e que a pouco e pouco vamos tomando como verdadeira.
A falsidade passa assim a ser verdade, e a verdade passa assim a ser um preciosimo mimado de quem acha que tudo isto está errado.
Más notícias amigo verdadeiro, estás errado, lixado, és comido, entras mudo e sais calado.
É assim a tua vida.
Passas férias na Costa da Caparica, conduzes um BMW que estás a pagar há 5 anos, tens uma mulher que pesa 95 kgs, 2 filhos badalhocos a quem a tua esposa corta o cabelo à tigela, e ainda comes sopa de alface e orelha de porco como uma iguaria gourmet.
Triste vida a tua, de homem "feliz".
Cava-se um fosso cada vez maior entre os que pouco têm e os que nada têm.
Não, não me enganei, ao não ter referido os que têm muito, porque esses, esses são de uma estratosfera totalmente à parte do mundo das pessoas.
Esses não são quantificáveis, palpáveis, misturáveis e enumeráveis.
Esses têm muito mais, mais que muito, mais que todos.
Porquê?
Não sei.