23 de janeiro de 2012

Amigos... De ontem... e de sempre

Guardamos muitas memórias da infância, algumas, guardamos de tal maneira que nunca mais conseguimos recuperá-las, nunca mais conseguimos encontrá-las nesta autêntica gaveta atafulhada que é o nosso cérebro.
Creio que sobretudo, guardamos pessoas.
Da minha infância, dos meus tempos de meninice da escola guardo mais, pessoas, e na verdade, de todo esse período, guardo-te especialmente a ti.
E guardo-te a ti porquê?
Primeiro porque foi talvez o nome que mais repeti nessa fase, da infância à adolescência.
Foi sem dúvida contigo que mais tempo passei, que mais conversei, que mais brinquei, de quem mais gostei, com quem mais sonhei, a quem mais desejei, mas desejei na meninice da coisa.
Queria andar contigo de mão dada, e andava, queria passear contigo à beira-estrada, e passeava, queria ver a tua cara quando acordavas, e graças à D. Emília, via...
Foi assim a passagem da infância para a adolescência, passada a teu lado, com a tua mão na minha.
E agora, sabes o que é mais engraçado no meio de tudo isto?
Perceber que te conheço há 20 anos.
Perceber que te adoro há 20 anos.
Perceber que nos últimos 10 estivemos mais afastados, mas que nem a distância, nem os mares, os céus ou as noites frias, resfriaram a adoração que te tenho.
E hoje estás no Brasil.
Sim, sei que voltas.
Sim, sei que não falta tanto assim.
Sim, sei que é só um Oceano.
Mas mesmo assim, quero que saibas sempre e para sempre o quão importante és tu para mim, o quão deliciosa será sempre a história da "Pipas" e do Martim...
O nome em si diz-me tanto.
O teu nome ainda sei de cor, querida Ana Filipa Ferreira Castanhinha.
No fundo, tudo isto que te digo mais não é que um manifesto de adoração e de lembrança.
Uma declaração memorável feita de memória e dirigida somente a mim e a ti.
Recordo-me tão bem da vista do teu quarto.
Da janela virada para as árvores, virada para a escola, do quarto dessa janela, da cama onde te ia acordar e da cozinha onde lanchávamos.
Que giro lembrar agora tudo isto.
E que bonito é ter uma amizade tão grande, sendo a grandeza directamente proporcional ao carinho que temos um pelo outro.
E as tardes na Igreja, (salvo seja) os domingos de Missa, a risada, a constante risada em todo o lado.
Tantos anos tem a vida e quantas vidas temos nós?
Sei que nesta minha querida, nesta linda e bela vida, não há como me esquecer de ti.
Do sorriso rasgado e sincero, meigo e tão, mas tão bonito, este:



Assim te lembro e vou lembrar por quantos anos cá andar.
Assim te adoro e vou adorar.
Assim, ou nem sempre assim, mesmo não sorrindo, o teu rosto será lindo.
Mas certo é que na minha memória estará sempre presente, a memória da "vida dá gentji"... puxando um pouco ao como ouves as coisas agora.
Beijinhos, muitos, ontem, hoje e pela vida fora.
Sempre juntos,
Martim


3 comentários:

Anónimo disse...

Quem é a felizarda?

Anónimo disse...

Muito sincero, fico contente por ver que as boas amizades perduram. Beijinhos gr para ti. Ass. Susana (a irmã da FIlipa)

Martim Mariano disse...

Isto de fazer perguntas e não assinar...
Susaninha, a tua irmã será sempre parte do meu mundo!! Sempre!! Nunca a deixei ir-se embora!
E quando ela voltar.. fará novamente parte da realidade.
Beijinho grande para toda a família, e um enormérrimo para ti!