6 de agosto de 2012

Calcorreando a vida assim

Nesta vida que nos une para sempre, e nos faz seguir em frente, plo caminho a traçar.
É da vida que se aprende o que é diferente, tantas vezes pertinente, o que queres alcançar.
Quero a vida que a vida me apresenta, de quem cai e aguenta e se volta a levantar.
Quero o ar puro do vento que embala, e da voz que a mim me cala, sem saber para onde olhar.
Olha a tudo e fujo a nada, nesta vida não traçada quero a força a dobrar.
Quero mais e não desisto, aos teus olhos não resisto, nem sei por onde começar.
São dias repletos de paródias de fonética, recheados de imagética, energia de um olhar.
Alcanço a paz que tanto quis, só me importa ser feliz, mais não quero, já te tenho, e é o encanto tamanho, de noites frescas em Paris.
Na bagagem trago tristeza, trago dúvida e incerteza, que ajudaste a serenar.
Trazia, melhor dizendo.
Poisei-a à porta e deixei-a lá ficar, longe dos meus sonhos, distante do teu olhar.
Divago pelas horas altas, das noites soltas, em que acabo por te abraçar.
É redondo o pensamento, maior e o maior dos sentimentos, este que a cada dia exponencia o som do pássaro no seu tímido e solitário cantar.
Quem sabe onde tudo irá parar?
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis, eu sonhei e nasceu daqui algo de que nunca imaginei poder falar.
Sou de fogo e queimo, sou feliz e teimo em fugir ao vagaroso entristecer das almas pobres na adoração de um seu semelhante.
É sem dúvida o mais marcante, no cambalear titubeante de tudo o que está por alcançar.
Deito-me a escrever, imagino a tinta a correr e as palavras a bailar.
Não sei que digo, mas escrevo, sai a escrita no relevo, no regaço do anoitecer, assim me permito divagar.
É de poesia que brota a letra, a palavra e a frase pendurada.
É de vida que vive o homem.
De sensações que se consomem.
Vivendo alegre no doce prazer de assim te amar.
De onde venho sei bem, para onde vou?
Não o conto a mais ninguém.
Sei o nome da minha mãe.
Repito o teu a cantarolar.
Abraça a noite a meu lado, deixa-me oferecer-te um gelado e ver-te a pestanejar.
Se há algo maior na vida?
Há pois com certeza.
O céu, o mar, a areia e o vento nas árvores a sussurrar.
Em mim tanto se passa, que não sei mais o que faça, para te conseguir explicar.
De um beijo me alimento, se ele falta eu não aguento, é assim...
O meu nome?
Martim.