13 de novembro de 2011

Vive, vivendo

Leves elas caiem, as gotas da imensidão no pensamento.
Leves e de tão leves que são não chegam sequer a molhar.
De tão leves que são não chegam sequer a pingar.
Serão gotas na verdade?
Será que caiem mesmo, ou se cirscuncrevem à sua humilde e mínima condição de só conseguirem ser alguém quando atacam em grande grupo.
Não é assim também o homem quando brinca com as palavras?
Só é verdadeiramente alguma coisa quando combina as palavras em aglomerados e dá forma a frases, a ideias, a pensares ordenados e encadeados, que assumem formas distintas.
Somos seres amaciados por palavras, com ideias bizarras que prendemos ao pés, tumultuosos encontros de almas duras, dos quais não nos conseguimos soltar.
Mas a vida é tanto e tão mais.
A vida é feita de eternos ideais, completos ou banais, que no fundo não são mais do que tentativas tantas de acreditar no amanhã melhor que o hoje e tão bom como tantos ontens.
Vamos emobra um dia, todos sem excpeção, que levaremos nós da vida, para além de uma enorme recordação?
Levamos as gentes, as palavras, sim as palavras, e levamos imagens, cheiros, granadas aos bisbilhoteiros, e sons de uma vida inteira.
Porque a vida é feita para ser vivida e tudo o resto para ser olhado.

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