Começou mal, continua mal, seguirá melhor?
Será que os dias que seguem os dias, precedem as noites que os conhecem de cor?
Em jeito de conclusão segue-se a introdução, em parte dependente de uma enorme confusão, do oriente ao ocidente, da longínqua memória distante, da perpétua sensação dilacerante. O confuso torna-se óbvio, o tranquilo ascende ao surreal, perenes as sensações matinais de um poeta mergulhado no real.
Segue-se o ano ímpar, o número 9, o eixo do desconhecido, assume-se bem parecido, assume-se convidativo, assume-se descritivo e nada repetitivo. Os mesmos ventos sopram, sempre de norte para sul, neste nosso lindo Portugal, lovelly, amazing, wonderfull.
Admira-me a capacidade que temos de criar, de construir, cada um de nós constrói a sua própria realidade com fragmentos do que observamos, grandes peças do que pensamos, enormes quantidades do que sentimos, mas no final tudo acaba por se resumir a uma só precedência. A influência que o Eu assume na programação do presente e na idealização do futuro. Confiança, força, presença, peito aberto às balas e acima de tudo coragem para enfrentar novos desafios. Para a frente é que se olha, para cima se der mais jeito, prefiro sonhar bem alto, do que cair sem qualquer preceito.
Viver é viver, morrer é engrandecer a vida que se viveu. Mas a morte nunca alcança a grandeza dos feitos de quem vive e nunca tem a força, mesmo que ambicione tê-la, das imagens constantes que gravamos na mente, como se os nossos olhos fossem pequeníssimas câmaras de vídeo, que gravam ininterruptamente o visual e desenhado contorno dos dias pelos quais passamos. A morte resume-se a isso mesmo, ao sinónimo de fim físico, de terminus da essência. Viver é mágico, morrer é simples.
Nascer é um privilégio e este ano acabou de nascer, como tal, devemos sentir-nos extremamente privilegiados por estarmos a assistir a mais um nascimento de um novo ciclo.
Força Portugal que este ano, embora tenha começado mal, irá ser por certo, algo de fenomenal.
1 comentário:
Dás na branca para escrever isto, metes ácidos, pastilhas, qualquer coisa alucinogénica que te eleve a outro patamar, ou será que sou apenas eu que, na minha limitação intelectual, não entendo nada do que dizes? ;) Good work!
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